terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

"Cânticos da Tarde e da Manhã" na Sé de Faro - Reportagem


Boa tarde,

Gostaria de partilhar a reportagem de Samuel Mendonça acerca da apresentação da oratória "Cânticos da Tarde e da Manhã" em Algarve, Portugal, em julho de 2014.
Para mim, particularmente, estas reportagens sobre as apresentações da Teresa são momentos de encantar-me com suas declarações cheias de espiritualidade pois, como diz o Livro Sagrado, "a boca fala do que o coração está cheio." (Mateus 12;34)

"A cantora Teresa Salgueiro veio ao Algarve na última sexta-feira interpretar músicas do CD “Cânticos da tarde e da manhã” na Sé de Faro.
A atuação ocorreu no âmbito das comemorações do aniversário da dedicação da catedral de Faro e do centenário do jornal Folha do Domingo, sendo promovido em conjunto pelo Cabido Catedralício e pela direção do periódico.
A oração, a música e o canto fundiram-se em arte numa noite de oratória apoiada nos hinos da oração quotidiana da Igreja da Liturgia das Horas com os textos bíblicos da narrativa da criação do universo, do planeta e do ser humano, a partir do livro do Génesis e do prólogo do evangelho segundo São João.
Acompanhada ao acordeão por Nelson Almeida, ao contrabaixo Óscar Torres e pelo coro da Sé de Faro (na maioria das interpretações pelos membros masculinos), Teresa Salgueiro encheu a catedral com a sua voz cantando hinos como “A vós, ó Verbo eterno, luz bendita”, “Vão-se as sombras da noite dissipando”, “Vós, Senhor, que a luz criastes”, “Eterno Criador do universo”, “Ó luz da eterna formosura”, “Lentamente o sol se apaga”, “Deus que fizestes o dia”, “Luz esplendente da santa glória” ou “Morada eterna do Altíssimo”.
No final da interpretação, o padre José Rodrigo Mendes, vice-reitor do Seminário de Almada e responsável pelo desafio a Teresa Salgueiro para a gravação deste trabalho, explicou o sentido do mesmo que tem como responsável pela maioria das harmonizações o padre António Cartageno e o padre Manuel Simões de algumas outras.
Na Liturgia das Horas há estes hinos que atravessam a história da Igreja, estão carregados de uma poesia magnífica, alguns escritos em grego, outros em latim ou em português vernáculo e era importante que estes fossem devidamente apreciados”, explicou, acrescentando ter tido a “sorte de encontrar” pessoas “a quem Deus concedeu qualidades particulares” para a interpretação desses hinos.
Em declarações à agência Ecclesia e a Folha do Domingo, a ex-vocalista de Madredeus, agora numa carreia a solo, explicou que “foi um trabalho muito interessante entrar neste repertório, nestas músicas e gravá-las, mas, acima de tudo, cantá-las ao vivo porque criam-se momentos muito especiais e são ocasiões únicas”. “Aceitei com muita alegria o desafio porque as músicas, que eu não conhecia, são muito bonitas, as palavras são belíssimas e é muito gratificante. É um momento de celebração e de comunhão”, afirmou.
Teresa Salgueiro considerou que “a música e a poesia são uma forma de lidar com o real, um real que nem sempre é o visível”. “Estamos a falar do universo do sonho, daquilo que faz evoluir o mundo e o espírito dos homens. Para mim, a música e o canto sempre foram uma forma de entrar em contacto com uma realidade. Para mim é o sonho que move a ação humana para construir um mundo melhor”, justificou.
No final do concerto, que decorreu após a sessão comemorativa do centenário de Folha do Domingo, a cantora valorizou o facto de entrar numa igreja e numa comunidade para estar com pessoas que não conhece. “Acho que é isso que Cristo nos ensina, essa partilha”, afirmou."
Foto: Sandra Moreira
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