segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Vencedor da promoção "La Serena"


Boa noite,

O simpático senhor da foto é José Silva, fã incondicional da nossa estrela, residente em Braga, Portugal. O Sr. José foi o vencedor da promoção que o Fã-Clube fez por ocasião do aniversário da Teresa Salgueiro, dia 08 de janeiro passado. Ele recebeu em sua casa, via Correios, o maravilhoso CD "La Serena", e aguardava um encontro com a Diva para tê-lo autografado, o que ocorreu dia 19 de setembro em São João da Madeira, Portugal.
Parabéns, Sr. José Silva, é uma honra tê-lo como sócio do Fã-Clube! E no próximo aniversário da nossa querida Teresa Salgueiro, teremos o sorteio de "O Mistério". Para participar, veja o post http://faclubeteresasalgueiro.blogspot.com.br/2014/07/promocao-o-misterio.html e boa sorte!




terça-feira, 23 de setembro de 2014

Teresa Salgueiro n'O Regional

(19.09.2014, por Antonio Gomes Costa)

Teresa Salgueiro vem apresentar a S. João da Madeira «O Mistério», o primeiro álbum de originais da cantora, depois de 20 anos como voz principal de um dos grupos de maior referência em Portugal, os Madredeus. ‘O Regional’ desvenda-lhe nesta entrevista o «Mistério» do espectáculo de amanhã, pelas 21h30, na Casa da Criatividade, onde a cantora revisitou, numa entrevista por telefone, a sua carreira, que iniciou aos 17 anos e já conta com cerca de 30. Quanto a S. João da Madeira, diz que será a primeira vez que vem a esta cidade e que tem muita curiosidade em conhecer o mais que puder, nomeadamente o Museu da Chapelaria.

‘O Regional’ - Que espectáculos os sanjoanenses podem esperar na próxima sexta-feira, na Casa da Criatividade, em S. João da Madeira?
Teresa Salgueiro - O reportório que vou apresentar é fundamentalmente baseado num disco que saiu em 2012, que se chama «O Mistério». Trata-se de um trabalho com um reportório original, temas que eu criei em conjunto com os músicos que me acompanham e que cujas letras também as escrevi para essas melodias de voz. Este é o centro desta apresentação, o reportório, se bem que haja inclusão de outros temas, mas a grande maioria ainda está, de facto, publicado desde essa altura e com a qual tenho feito uma grande viagem.
É a primeira vez que vem a S. João da Madeira? O que conhece desta cidade?
Conheço muito pouco…Penso que nunca estive em S. João da Madeira (risos). Sei que tem o Museu da Chapelaria, mas não sei se vou ter tempo de visitar seja o que for. Com o tempo que dedico aos concertos, aos ensaios, ao descanso, deixa-me sem tempo para combinar qualquer coisa para esses dias. Mas, pela curiosidade, vou tentar conhecer, mas são sempre dias muitos preenchidos. O foco é o concerto, mas, pelo menos, vou conhecer a sala e ter o contacto com o público, porque é para isso que também aí vou.
Mas trata-se de um espectáculo intimista?
Não gosto muito da palavra intimista. Gosto mais da palavra íntimo. Mas há um contacto com o público. Mais do que ser íntimo, eu penso que há uma música que convida as pessoas a escutá-la e que as põem em contacto elas mesmas. Ou seja, é uma música que exige de facto uma atenção, no sentido em que nos põe em contacto com o pensamento. A sala não é muito grande e, assim, estamos perto das pessoas, o que me agrada. De facto, é uma música que comunica com as pessoas, uma música profundamente emocional e que comunica precisamente esse mundo do sonho, das emoções, dos sentimentos e do pensamento.
Foi difícil, após 25 anos de dedicação contínua à música, entregar-se, pela primeira vez, à composição das músicas e à escrita das letras de todos os temas deste disco «O Mistério»?
Não foi difícil, foi um processo que eu procurei, que teve todas as suas expressividades. Foi um processo novo para mim e este disco tem um grande significado, porque representa um novo começo, ao fim de tantos anos, numa outra vertente da música. Continuo a interpretar, claro, mas, neste caso, não a música que foi feita para mim, mas sim música que eu fiz. Foi um processo muito enriquecedor que eu procurei por minha iniciativa, porque sentia que fazia sentido fazê-lo e, de facto, fez. Ou seja, não havia nada e do nada surgiram estes temas que passaram a representar uma parte importante da vida destas pessoas que se dedicam e que nos acompanham, os técnicos, que estamos, como diria, de viagem desde 2012 em muitos países, desde aqui, Portugal, e outros países da Europa; no Oriente, Macau, Taiwan e, proximamente, estaremos em Bangkok, onde nunca estive, na Tailândia, na América do Sul, no México e na América Latina. É um reportório que começou a fazer parte da nossa vida. Neste momento, e já estou há algum tempo, é um processo que leva o seu tempo, ou seja, já estamos em composição de um novo reportório entre os concertos e as apresentações. Mas, respondendo à sua pergunta de se é difícil, não digo que é um processo fácil, mas é um processo que se procura, é exigente, é um processo de criação.

 "Proximamente estaremos em Bangkok"

Mas, no fundo, o que motivou a escolha de "O Mistério" como nome deste álbum?
«O Mistério» é o nome de uma das faixas do álbum, de um dos temas. A escolha do nome prende-se com o sentido daquilo que escrevi, porque penso que posso dizer sobre todos os temas. Todas as palavras foram directamente inspiradas pela música que fizemos, que eu escrevi como uma reflexão sobre a dimensão humana perante o mistério da vida e que está presente em tudo, que a todo o momento nos lembra da nossa condição humana, a nossa dimensão, a nossa fragilidade e também a nossa força extraordinária. De facto, somos muito pequenos no universo que nos rodeia.
Mas, por outro lado, temos uma capacidade criativa, somos criadores, podemos realmente transformar o mundo em que vivemos e todos nós o podemos fazer, de uma maneira ou de outra, com o mais pequeno gesto, com a responsabilidade desse gesto e do uso das nossas palavras, da nossa presença no mundo perante os outros e nós mesmos.
Penso que «O Mistério» está presente nessa noção de que nós, de facto, não é suposto conhecermos tudo o que há na realidade, a parte misteriosa, aquilo que não se vê, a existência de tantas e tantas coisas. Para além do que conhecemos, acho que nos ajudam, são tão reais como aquilo que se vê e é palpável e nos ajuda a manter uma dimensão de sonho que é, sem dúvida, o motor da existência humana, porque se o homem não tiver a capacidade de semear, enquanto espécie, penso que já não existia.
Um disco gravado em Agosto de 2011, onde se deslocou de malas e bagagens para o Convento da Arrábida com os músicos e montaram de raiz um complexo estúdio de gravação. Foi, acima de tudo, um desafio?
Foi um desafio que mais uma vez procurei. Toda a criação deste reportório aconteceu num período entre Janeiro e Julho desse ano e foi um processo de muita proximidade com as pessoas que o fizeram, um processo muito enriquecedor, muito vivo e emocionado. Decidi muito cedo que não gostaria de gravar este reportório num ambiente frio de um estúdio convencionado e que seria interessante, porque trabalhamos muito em repetido, sempre no que diz respeito à composição, que seria interessante fazer um retiro para gravar o disco e que fosse um lugar que nos permitisse estar alheados da realidade do dia-a-dia e de tudo o que nos pudesse distrair da nossa música. O primeiro lugar que procurei foi o convento da Arrábida, que não conhecia, porque era um lugar que tinha curiosidade de conhecer e fiz uma visita ao convento e percebi que ali se podia fazer, não no convento, que é do séc. XVI, mas uma casa anexa que tinha a tipologia ideal para construir um estúdio, que permitisse tocar todos ao mesmo tempo em directo e gravar os temas. Foi isso que fizemos.
Tinha 17 anos quando entrou para os «Madredeus». A banda foi responsável pela formação da sua própria personalidade?
Da minha personalidade não direi. Os Madredeus têm uma história extraordinária da música e ainda assim acho que é uma banda muito pouco conhecida, tanto aquilo que fizeram ao longo dos anos que estive com eles, como o reportório que criaram.
Só em si é uma história que é extraordinária e que me enriqueceu muito em todos os seus aspectos, fez parte da minha vida e estes 20 anos são estruturais para mim.
Quanto à minha personalidade, acho que sim, se considerarmos que tudo aquilo que nos rodeia e as nossas experiências são definitivas para a formação, não do carácter de personalidade, porque já era crescida. Mas, ao longo da vida, todas as nossas experiências nos vão modelando a nossa figura exterior e interior.
 "Voz profunda, em constante crescimento"
Mas 20 anos foram muitos anos a dar voz aos Madredeus?
São vinte anos (risos). Quando eu saí do grupo era mais de metade da minha vida. Portanto, foi o tempo ideal. Saí quando fez sentido sair e estive até fazer sentido.
Criou também uma nova imagem. Sentiu a necessidade de marcar diferença?
Eu não criei uma nova imagem, cortei o cabelo, que é uma coisa que as mulheres fazem de vez em quando... (risos). Claro que, como qualquer pessoa, tenho necessidade de mudar. Eu estava diferente nessa altura e estou, como qualquer pessoa, em constante mudança.
Os críticos dizem que a sua voz é cristalina. É desta forma que avalia a sua voz?
Os críticos dizem muita coisa sobre a minha voz (risos). Acho que é uma voz profunda, em constante crescimento e não só cristalina... Acima de tudo, não me preocupo em caracterizar a minha voz, preocupo-me é transmitir o maior leque de emoções, cores. Versátil é também um adjectivo que se pode aplicar. Para mim o importante é mesmo comunicar com a minha voz que, felizmente, tenho e que oferece a capacidade de procurar e ir ao encontro de diferentes aproximações, que é o que mais me fascina e me permita atingir novos objectivos.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

IFMTV - Entrevista Teresa Salgueiro



Boa noite,
Como é bom ouvir mais uma vez essa voz maravilhosa, essa linda voz em
toda a sua doçura e espontaneidade. Desta vez em uma entrevista
curtinha, para convidar a todos de S. João da Madeira para amanhã, às
21:30 na Casa da Criatividade, apreciarem o excelente espetáculo "O
Mistério", um concerto belo e profundo que certamente propiciará à
assistência momentos de pura magia e emoção.