sábado, 28 de fevereiro de 2015

"Cânticos da Tarde e da Manhã" em Aveiro, Portugal


Boa tarde,

A Agência de Notícias Ecclesia divulgou a apresentação da oratória "Cânticos da Tarde e da Manhã" na Sé de Aveiro, dia 17 de abril às 21:30.
Teresa Salgueiro será acompanhada pelos músicos Óscar Torres e Marlon Valente, com a participação especial do Coro da Catedral de Aveiro.
Aproveito o ensejo para desejar à querida Teresa Salgueiro e banda um excelente espetáculo "A Fortaleza", hoje à noite, no Cine Teatro Anadia.

Para acompanhar a agenda da cantora, acesse
http://www.faclubeteresasalgueiro.com/page_6.html e
http://www.faclubeteresasalgueiro.com/page_9.html




(Foto: Wendy Pardo)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Entrevista ao Todays Zaman


Boa tarde,

A entrevista que segue foi concedida pela Teresa ao jornalista Cenk Erdem, do "Todays Zaman" de Istambul, em março de 2014, quando nossa musa esteve na Turquia para apresentação de "O Mistério". Gosto muito.


"One of the most talented people in the world music scene, Portuguese singer Teresa Salgueiro, will perform a concert in İstanbul this month.

 The singer, who is known as the former vocalist of the music group Madredeus and her lead role in Wim Wenders' film “Lisbon Story,” will take to the stage at the İş Sanat Cultural Center on March 20.
Having dedicated a quarter of a century to music, Salgueiro believes in the significance of accepting the past and says she takes inspiration from freedom and creativity. The singer will perform songs from her latest album, “O Mistério” (O Mystery), for which she wrote and composed all the songs on an album for the first time, in her upcoming İstanbul concert.
Speaking to Today's Zaman ahead of her March 20 performance, the singer spoke about her music experience, most recent album and İstanbul.


 In your career, you have left 25 years behind. How do you describe your feelings when you look back?

 I started singing in 1986 when I was 17, and I have dedicated my whole life to music, so my feeling about music has grown into love and passion. I feel very much rewarded in all aspects of this activity. … All my dedication made sense and I've learned a lot about music.
I feel inspired and I have a strong will to continue.


 You wrote all the songs and lyrics for the first time for your album “O Mistério” (The Mystery). Why did you not come up with your own songs before?

 For 20 years I was dedicated to singing the music of the Portuguese group Madredeus, which offered me several different challenges in terms of vocal approach as well as a strong and very busy agenda. Those were the years where I was invited to sing a complete repertoire, always re-created and written for me. I entered the group while very young, without almost any music training. And I found neither the space nor the occasion to do so. Later, when I left the group, I collaborated with several different musicians, and it took some time to find the right people to compose with me the original music that I dreamed about.


Can we say that your latest project is a new beginning after all those years?

My latest and current project is both a continuation of my path in music and, at the same time, an absolute new beginning.


How do you describe your own music in your latest album?

I can say it's very difficult to describe. The choice of instruments and the people who would play them were very important for us. I wanted to compose music that would really bring together all our different backgrounds, influences and imagination. So I would say my dream was to build a very deep universe which is highly connected to my memories but always challenging for me. And the musicians expressed something new in terms of sound and used a full range of means to develop our interaction.


When you were 25 years old, you played in Wim Wenders' legendary movie “Lisbon Story” as the lead actress. Can we say it was a sort of breakthrough for your career?

This movie was highly important for the career of Madredeus as it presented us to a very specific kind of audience while our records were being released worldwide for the first time. It was a good coincidence, beautiful experience and, for me, as an admirer of the cinema of Wim Wenders, a great honor.


You joined Madredeus, one of the most popular Portuguese groups, when you were only 17. How do you describe Madredeus' influence on your own music?

I can say that if we are able to talk about “influence,” this happens more in terms of the will of not denying all my past but, at the same time, not wanting, definitely, to repeat it. It's a great challenge.


Critics praise you as one of the most talented singers of the world music scene. But who are your own favorite stars?

I like all kinds of music, and I don't particularly follow any specific artist in the world music scene, but I can say that one of my favorite contemporary artists is Marisa Monte from Brazil.


What inspires you the most when you write a song?

I am inspired by all the music that I like. But mainly I am inspired by freedom and creativity and by life itself. By the way that we are able to choose our means of expression all of the time … by the huge amount of knowledge that we can perceive during the current moment, by people that I really admire, by nature and all its miracles. I am also inspired by the musicians with whom I work with, constantly invite to create our own universe that sails away from silence into a very truthful world to search for happiness and full expression.


What does fado means to you in your daily life as a Portuguese singer?

I have been following the tradition of fado since I was a very young girl. I am a great admirer of many masters of this tradition but mainly of Amália Rodrigues, her unique exquisite way. She developed this genre of music and spread it all around the world. However, I don't follow any specific contemporary fado singer. I prefer the old tradition.


You are going to perform in İstanbul on March 20th. What do you know about the city?

I don't know much about Istanbul. I visited the city just for a single time for a concert performance. But it was very brief, and I didn't even see the city at all. Such things happen more than people can imagine. Usually, you go to a hotel from an airport and then to the concert venue, and then back to hotel to pack and leave the next day in the morning. However, this time I am really excited because I really hope I can see this beautiful city which shares some characteristics with my native Lisboa -- a melting pot of cultures, where the sea is a part of the city and everything is full of life and filled with color -- as in the pictures I saw."



Teresa Salgueiro e o jornalista Cenk Erdem


Entrevista à Luxuriant


Boa tarde,

Esta entrevista é de junho de 2014, feita pela revista Luxuriant, de Luxemburgo, quando a nossa Teresa aí se apresentou mais recentemente. Bem curtinha mas um amor.

"A cantora Teresa Salgueiro, nascida em 1969, em Lisboa, é uma das vozes mais emblemáticas de Portugal. Com a idade de 17 anos, funda os Madredeus com o guitarrista Pedro Ayres Magalhães. Juntos, pisarão os palcos do mundo inteiro. A jovem, então, transformou-se numa verdadeira embaixadora do seu país. Mas às 37 primaveras, a lisboeta tem sede de novas experiências. E após muitas colaborações com músicos como Caetano Veloso, José Carreras, Maria João ou Carlos Nunez, Teresa Salgueiro decidiu, em 2009, voar com as próprias asas. Na sexta-feira dia 11 de julho, esta filha do Tejo fará ressoar a sua voz cristalina na Abadia Neumünster e defenderá O Mistério, o seu último álbum, que compôs por inteiro. A Luxuriant ligou à artista durante um ensaio na capital portuguesa, para saber um pouco mais acerca da sua carreira.


Porquê ter deixado os Madredeus?
Coloquei um termo a essa maravilhosa aventura em 2007, pois sentia a necessidade de virar a página. Vivi, durante 20 anos, uma experiência mágica. Representei Portugal no mundo inteiro, interpretando canções escritas por mim. Hoje canto os meus próprios textos e componho, com os meus músicos, uma música ligada à nossa própria memória e à do nosso país, mas de uma forma diferente. Abri simplesmente um novo capítulo da minha vida (risos).
Um registo próximo do fado?
Amo profundamente esse género musical tradicional e sou uma grande admiradora da obra da grande fadista Amália Rodrigues, por entre outros, mas o fado não faz parte do meu repertório. Em 2009, com o meu grupo actual, produzi o álbum Matriz que retoma canções desde o século XIII até aos nossos dias, músicas de diferentes estilos provenientes de todas as regiões de Portugal. A nossa cultura portuguesa não é unicamente composta de fado. Estou, no entanto, muito feliz de verificar que hoje está na moda e toca todas as gerações. Este retorno às origens é uma necessidade, quando observamos a crise que atravessamos no nosso país, e na Europa em geral.
Fora de Portugal, em que país nota um melhor acolhimento?
Cada povo tem a sua forma particular de acolher a minha música. As reacções são, em qualquer dos casos, sempre muito positivas e entusiasmadas. O Grão-Ducado, por exemplo, reservou-me desde sempre um acolhimento muito caloroso!
Segue algum ritual antes dos espectáculos?    
Maquilho-me, visto a roupa de palco e deixo que a adrenalina suba. O mais importante é a comunhão com o público. Recebemos em troca aquilo que damos.
O mais belo presente que recebeu de um fã?
Um desenho da artista Lix Rangel, aquando duma passagem pelo México. Representou-me de uma forma muito poética, em pleno mar, com uma caravela nos braços."



Entrevista à "Mulher Portuguesa"


Boa tarde,


A entrevista que segue foi feita há muito tempo atrás, quando a Teresa ainda era a vocalista do Madredeus. Sem "sebastianismo", como diria um amigo meu, pois o horizonte se desdobra luminoso. Mas como diria um outro amigo meu, Caeiro, 


"Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás..."


Boa leitura!

"A Mulher Portuguesa entrevistou Teresa Salgueiro. Saiba o que tem a dizer sobre si, sobre os Madredeus e sobre a música portuguesa.
Começaram há 13 anos atrás, ensaiando uma nova forma de música num espaço do Teatro Ibérico, no convento da Madre de Deus. Um grupo que começou a tocar e a compor pelo prazer daquela nova música cedo transforma os seus ensaios em verdadeiros mini-espectáculos. Daí a tornarem-se o grupo que são hoje, foi um salto.
A nova musicalidade que introduziram no panorama musical português não tarda a ser reconhecida e o público português recebe-a entusiasticamente. Entusiasmo esse que, 13 anos e sete discos depois, permanece inabalável, para além de se ter estendido pelo mundo fora, onde os Madredeus representam como ninguém a boa música que se faz em Portugal.
Teresa Salgueiro é a voz e a imagem daquele que se tornou um dos mais prestigiados grupos musicais portugueses. Os Madredeus levam Portugal além fronteiras, cantando a nossa cultura, e já são tão célebres como o fado na voz de Amália. A Mulher Portuguesa foi conversar com Teresa Salgueiro, num fim de tarde no Chiado…
Por onde andam os Madredeus? Temos ouvido pouco a vosso respeito…
De facto na rádio passa pouquíssimo, principalmente porque agora não temos nenhum disco a ser divulgado… No que diz respeito a espectáculos, o nosso ano de trabalho começou em Fevereiro, em Espanha, depois México, França, Alemanha, Itália e Brasil. Fizemos uma tournée em Portugal, em Agosto, que correu muitíssimo bem.
Desta vez não foram ao Japão, mas já lá fizeram muito sucesso. A que é que atribui essa aceitação da vossa música por parte de um povo oriental?
O Japão tem uma cultura muito rica, muito antiga e interessada pelas outras culturas. E pela portuguesa em especial porque, em tempos remotos, fomos o primeiro povo ocidental a lá chegar e já há uma história muito longa de cumplicidade e troca de culturas. É um povo com uma sensibilidade muito especial, que ama muito a poesia e a música. E tudo isto se reúne a nosso favor e a favor da música portuguesa.
E como foi no Brasil?
No Brasil somos recebidos de uma forma muito calorosa. É um país muito especial, por ser o único, tirando Portugal, em que podemos cantar e saber que percebem o que dizemos. Para além de ser um país com uma cultura musical riquíssima…
Juntamente com os nomes de Amália Rodrigues e Dulce Pontes, os Madredeus são os grandes embaixadores da música portuguesa a nível internacional. Até que ponto sentem o peso dessa responsabilidade?
A nossa responsabilidade é sempre para com a música. O nosso primeiro objectivo e a nossa finalidade é fazer música. A música é uma coisa imaterial, uma comunicação que se atinge com vontade, com trabalho, com perseverança, com esperança… é essa sempre a responsabilidade. É evidente que, à medida que as pessoas são conhecidas e há um público que nos recebe e nos convida, há sempre uma expectativa a que queremos corresponder. E como fazemos música ao vivo, e é isso que gostamos de fazer, temos sempre essa meta, mas a nossa balança, o nosso fio de prumo é sempre a música, é isso que nos conduz.
E para quando podemos esperar o próximo disco dos Madredeus?
Estamos a preparar música nova, para ser gravada, mas por enquanto não há ainda nenhuma data prevista.
Podemos contar com a mesma linha que o grupo tem vindo a seguir?
Todo o trabalho dos Madredeus tem sido um compromisso para com o estilo que criou, tentando inovar em cada trabalho. Mas desde sempre o nosso objectivo principal foi cantar na língua portuguesa e descobrir a sua musicalidade, fazer música dedicada à nossa cultura e essa continua a ser a nossa vontade. Claro que à medida que o tempo passa e os músicos se conhecem melhor e vão amadurecendo vão surgindo ideias novas e vontade de experimentar outras coisas. Mas a ideia original continua.
E o cinema? Depois da participação em “Lisbon Story”, há mais projectos?
Tem havido convites, não só para filmar mas também para fazer bandas sonoras. Mas não tivemos oportunidade. É muito difícil gerir a vida de um grupo com tanta solicitação. Nós temos sempre vontade de corresponder ao interesse do público e é muito difícil arranjar tempo num grupo que é constituído por tantas pessoas. Mas é sempre uma ideia, eu acho que a nossa música é muito “cinematográfica” e se houver oportunidade… espero que continue a haver esse interesse.
E quanto à perspectiva de uma carreira a solo?
Eu costumo dizer que a minha carreira a solo existe dentro dos Madredeus. Tenho a sorte de estar num grupo em que as canções são compostas para mim, para eu as cantar, e isso é um privilégio. Mas claro que há canções que eu gosto imenso de cantar e que não cabem no repertório dos Madredeus e um dia, se tiver oportunidade de as cantar, hei-de fazê-lo. Não sei quando isso poderá acontecer, quando será a ocasião certa. Existe essa vontade, mas como a carreira dos Madredeus é tão absorvente e o interesse do público é tão grande e a criatividade dos músicos é tão constante… Por enquanto não tenho nada preparado e ainda não senti uma urgência imediata de fazer alguma coisa fora dos Madredeus.
Antes de integrar os Madredeus, já tinha iniciado uma carreira como cantora?
Não… eu nunca fiz planos para ser cantora. Sempre gostei muito de cantar, sempre cantei, brincava muito… Mas nunca planeei vir a ser artista. A partir de uma certa altura uma amiga minha levou-me a cantar em situações mais ou menos públicas, quando saía à noite, com amigos, etc… Nessa altura eu cantava umas coisas de bossanova e descobri o fado na voz da Amália. Comecei a cantar também os fados e esse meu gosto por cantar tornou-se uma paixão muito grande. Entretanto também integrei uma banda de garagem, que tocava rock sinfónico.
Era uma coisa que eu gostava de fazer, mas não era a mesma paixão que eu tenho por cantar em português, cantar as palavras. Essa é que é a minha grande motivação. Fui descoberta pelos Madredeus enquanto cantava um fado e tive a sorte de entrar num grupo de músicos que se propunham compor canções originais em português.
Até que ponto é que, hoje em dia, a sua vida pessoal é afectada pela sua profissão?
Eu não consigo separar a minha vida pessoal do trabalho, porque o meu trabalho é muito pessoal. É uma coisa em que ponho muito de mim e portanto é muito enriquecedor, apesar de ser muito cansativo e exigir muito de mim, sobretudo uma grande ausência de todos os lugares, nunca estou em permanência em lugar nenhum, e isso custa. Tenho saudades de estar em Portugal, e sentir o meu país, de ouvir falar em português… Mas não vejo aspectos negativos, vejo aspectos difíceis. É difícil de facto ter uma família e não estar em casa…
No entanto a vida que tenho é tão enriquecedora, e é um privilégio tão grande viver a viajar e conhecer tantos lugares e culturas diferentes, e principalmente viajar numa condição que me permite conhecer o melhor de cada cultura. É muito estimulante poder viver assim.
É claro que nunca se pode ter tudo, mas o que se tem de bom acaba por ser compensador.
E para o futuro, o que prevê para si e para os Madredeus?
Não costumo pensar muito a longo prazo. O que espero para mim e para os Madredeus é que continuemos sempre com saúde e a trabalhar e a ter este interesse e esta vontade de fazer música. Os Madredeus têm sido um grupo cheio de mudanças, nunca foi muito estável, saíram músicos, entraram outros… mas a inspiração e a vontade de fazer música permanecem intactas. Enquanto isso existir, existe Madredeus."


Fonte:http://www.mulherportuguesa.com/pessoa/entrevista/teresa-salgueiro-a-voz-dos-madredeus/

Entrevista ao Diário Catarinense


Boa tarde,

Partilho aqui uma entrevista feita à Teresa pela jornalista Fernanda Oliveira, do Diário Catarinense, em maio de 2013, quando de sua vinda ao Brasil, mais precisamente em Florianópolis, para apresentar "O Mistério.

A poucos dias de se apresentar em Florianópolis, a cantora portugesa Teresa Salgueiro, ex-vocalista do grupo Madredeus, fala sobre a carreira solo e a experiência com a música, em entrevista concedida ao DC por telefone.
"Fazer show em um país onde se fala a mesma língua facilita a proximidade com o público?
Já não vou ao Brasil há dois anos, mas visito regularmente o país há mais de duas décadas e sempre me senti próxima. É muito comovente e tocante cruzar o Oceano Atlântico durante horas a fio e chegar a um país continental, de território vasto, com a representação de muitas culturas diferentes. Já tive a alegria de viajar por muitas cidades de Norte a Sul do Brasil e sempre me senti muito bem recebida. Mas, mesmo antes de ir ao Brasil, já me sentia próxima de certa forma, porque de fato falamos a mesma língua e ainda por cima é um país de música, de grandes autores, intérpretes e compositores que sempre admirei. Não por acaso gravei um disco em São Paulo com músicos brasileiros, lançado em 2007 - eu queria viver de dentro a alegria e a vitalidade dos músicos do Brasil.

Quais são alguns desses músicos brasileiros que você admira?
Do século 20 gosto muito de Chico Buarque, Dorival Caymmi, Ary Barroso, Tom Jobim, Carlos Lyra, Pixinguinha... São muitos. O Cartola gosto muito, a Marisa Monte é uma artista da atualidade por quem tenho uma grande admiração e até assisti a um show dela há poucos dias aqui em Lisboa. Intérpretes como Elis Regina, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa - muitos deles são há décadas bastante conhecidos em Portugal, mas como tenho um gosto especial pela música fui pesquisando e descobrindo outros menos conhecidos.

Sua carreira na música já soma mais de 25 anos. O que a mantém motivada?
É o meu amor pela música e a minha dedicação. Também a oportunidade de ter trabalhado com músicos e autores que escreviam música para mim, ou então de entrar em contato com outras potencialidades musicais e ter me sentido sempre muito bem recebida pelo público. É muito interessante ao fim de tantos anos estar vivendo um momento como este, que é muito singular e importante pois é como um novo começo. Durante toda a vida cantei repertório original que não era feito por mim, depois cantei repertórios clássicos de várias culturas e entrei em contato com muitas realidades diferentes na música. E finalmente convidei músicos que conheci ao longo dos anos para participar deste projeto e compor o repertório de O Mistério.

E antes de tudo isso, você chegou a pensar em fazer outra coisa da vida?
Eu tinha 17 anos quando comecei a cantar. E entrei em uma aventura única na música portuguesa, que foi muito bem-sucedida. De fato eu não tinha feito planos de ser cantora, apesar de sempre ter gostado muito. De certa forma foi uma coincidência o convite que me fizeram (para integrar o Madredeus). Mas é claro que, a partir do momento que comecei e fizemos algum sucesso, percebi que esse seria o meu percurso. Então passei a me dedicar inteiramente e me entreguei, já não como uma casualidade, mas como uma escolha clara e com disciplina, com a vivência completa à qual a música nos chama.

Em que sentido a saída do grupo alterou sua experiência com a música?
Alterou a experiência no sentido de que agora componho aquilo que canto, produzo meus próprios discos e toda a minha atividade é de minha própria iniciativa. Isso é completamente diferente de integrar um grupo e ser convidada para cantar determinado repertório. Fui eu que decidi formar esta banda, fui eu que compus com os músicos as canções e fui eu que escrevi as letras. Mas em relação à própria música a motivação é exatamente a mesma: o amor e a vivência desta dimensão imaterial. A música e a poesia são uma realidade que não se pode tocar, mas que é tão real quanto qualquer coisa material. E isso faz parte de uma dimensão onírica que acredito que é o que faz com o que ser humano ainda exista e que nos completa.

Quais coisas inspiram você a escrever as letras?
Tudo que escrevi neste disco está ligado à forma como observo o mundo. Aquilo que me inspira acima de tudo é a resistência humana, o difícil que é mantermos uma estrutura que nos permita sermos nós mesmos e o fato de persistirmos nisso. De certa forma nós vivemos há tantos séculos e observamos que os mesmos erros vão se repetindo. Isso é uma coisa muito intrigante para mim. O que escrevo é uma reflexão sobre a vida humana e a presença desse mistério, pois não temos nunca acesso à grande parte das razões que nos fazem estar aqui. A existência é um mistério tremendo. Tenho um grande respeito pela vida e penso que a aceitação da condição humana nos faz viver a partir de uma dimensão ao mesmo tempo frágil e forte, pois criamos e recriamos a nossa realidade. É isto que me inspira: a própria vida, as emoções, os sentimentos, a procura do amor e do respeito.

Você costuma chegar com antecedência aos lugares e conhecer um pouco das cidades por onde passa?
Sempre viajei de forma muito veloz com os shows, de tal maneira que não tive chance de conhecer e passear muito pelos lugares. Mas, em viagens de longa duração, procuro chegar na véspera para haver oportunidade de o organismo se repor um pouco. São muitas e muitas horas de voo, então é algo violento. É preciso algum tempo para o corpo voltar a si. Costumo dizer que essa coisa dos aviões é muito prática mas também pouco natural. Viajamos milhas e milhas em questão de horas, o que anos atrás durava meses para percorrer. Então o corpo chega primeiro e depois o espírito vai chegando com outra velocidade (risos)."

Foto: Isabel Pinto

"Cânticos da Tarde e da Manhã" na Sé de Faro - Reportagem


Boa tarde,

Gostaria de partilhar a reportagem de Samuel Mendonça acerca da apresentação da oratória "Cânticos da Tarde e da Manhã" em Algarve, Portugal, em julho de 2014.
Para mim, particularmente, estas reportagens sobre as apresentações da Teresa são momentos de encantar-me com suas declarações cheias de espiritualidade pois, como diz o Livro Sagrado, "a boca fala do que o coração está cheio." (Mateus 12;34)

"A cantora Teresa Salgueiro veio ao Algarve na última sexta-feira interpretar músicas do CD “Cânticos da tarde e da manhã” na Sé de Faro.
A atuação ocorreu no âmbito das comemorações do aniversário da dedicação da catedral de Faro e do centenário do jornal Folha do Domingo, sendo promovido em conjunto pelo Cabido Catedralício e pela direção do periódico.
A oração, a música e o canto fundiram-se em arte numa noite de oratória apoiada nos hinos da oração quotidiana da Igreja da Liturgia das Horas com os textos bíblicos da narrativa da criação do universo, do planeta e do ser humano, a partir do livro do Génesis e do prólogo do evangelho segundo São João.
Acompanhada ao acordeão por Nelson Almeida, ao contrabaixo Óscar Torres e pelo coro da Sé de Faro (na maioria das interpretações pelos membros masculinos), Teresa Salgueiro encheu a catedral com a sua voz cantando hinos como “A vós, ó Verbo eterno, luz bendita”, “Vão-se as sombras da noite dissipando”, “Vós, Senhor, que a luz criastes”, “Eterno Criador do universo”, “Ó luz da eterna formosura”, “Lentamente o sol se apaga”, “Deus que fizestes o dia”, “Luz esplendente da santa glória” ou “Morada eterna do Altíssimo”.
No final da interpretação, o padre José Rodrigo Mendes, vice-reitor do Seminário de Almada e responsável pelo desafio a Teresa Salgueiro para a gravação deste trabalho, explicou o sentido do mesmo que tem como responsável pela maioria das harmonizações o padre António Cartageno e o padre Manuel Simões de algumas outras.
Na Liturgia das Horas há estes hinos que atravessam a história da Igreja, estão carregados de uma poesia magnífica, alguns escritos em grego, outros em latim ou em português vernáculo e era importante que estes fossem devidamente apreciados”, explicou, acrescentando ter tido a “sorte de encontrar” pessoas “a quem Deus concedeu qualidades particulares” para a interpretação desses hinos.
Em declarações à agência Ecclesia e a Folha do Domingo, a ex-vocalista de Madredeus, agora numa carreia a solo, explicou que “foi um trabalho muito interessante entrar neste repertório, nestas músicas e gravá-las, mas, acima de tudo, cantá-las ao vivo porque criam-se momentos muito especiais e são ocasiões únicas”. “Aceitei com muita alegria o desafio porque as músicas, que eu não conhecia, são muito bonitas, as palavras são belíssimas e é muito gratificante. É um momento de celebração e de comunhão”, afirmou.
Teresa Salgueiro considerou que “a música e a poesia são uma forma de lidar com o real, um real que nem sempre é o visível”. “Estamos a falar do universo do sonho, daquilo que faz evoluir o mundo e o espírito dos homens. Para mim, a música e o canto sempre foram uma forma de entrar em contacto com uma realidade. Para mim é o sonho que move a ação humana para construir um mundo melhor”, justificou.
No final do concerto, que decorreu após a sessão comemorativa do centenário de Folha do Domingo, a cantora valorizou o facto de entrar numa igreja e numa comunidade para estar com pessoas que não conhece. “Acho que é isso que Cristo nos ensina, essa partilha”, afirmou."
Foto: Sandra Moreira
Fonte: 

"Cânticos da Tarde e da Manhã" em Arouca - Reportagem


Boa tarde,

Partilho a seguir a reportagem de José Cerca sobre a apresentação da oratória "Cânticos da Tarde e da Manhã" em dezembro passado, em Arouca, Portugal.


"A igreja do Mosteiro de Arouca acolheu, no passado sábado,13 de Dezembro, um raro momento de beleza artística, personificada na voz ímpar de Teresa Salgueiro  e, ao mesmo tempo,  um momento de grande espiritualidade, através da Oratória “Cânticos da tarde e da manhã”, evento  promovido pela Paróquia de Arouca, como Concerto do Advento e com o apoio do Seminário Maior de S.Paulo em Almada.
Idealizada e estruturada pelo Pe. Rodrigo Mendes do Seminário de Almada, em estreita ligação com a cantora Teresa Salgueiro, e com a colaboração do Pe. António Cartageno, nas harmonizações, esta Oratória inicia-se com a leitura do texto inicial da Bíblia, extraído do Livro do Génesis e termina com o prólogo do Evangelho de S.João. Pelo meio, a voz de Teresa Salgueiro, enriquece esta oratória de oração e meditação com a interpretação de diversos hinos feitos sobre textos poéticos de diversos autores, alguns deles portugueses, como Diogo Bernardes (séc. XVI), Moreira das Neves, David Mourão Ferreira, António Correia de Oliveira e João Mendes.
Projetada internacionalmente através do grupo Madredeus, que integrou a partir dos seus 17 anos, Teresa Salgueiro é já uma referência importante no panorama musical mundial, tendo apresentado concertos ao vivo em todos os cantos do Mundo, desde Macau ao México, da Suécia ao Brasil.
Para a apresentação desta Oratória, Teresa Salgueiro contou, não só com os seus músicos Marlon Valente, no acordeão e Óscar Torres, no contrabaixo, como também com uma dezena de vozes do Orfeão de Arouca que interpretaram, conjuntamente com ela, alguns dos cânticos apresentados na Igreja conventual de Arouca.
Já de si belo o cenário em que esta Oratória foi apresentada, a riqueza da voz de Teresa Salgueiro, interpretada numa ambiência luminosa de média-luz  e de profundo silêncio fizeram deste espectáculo um forte momento de grande beleza artística  e de profunda espiritualidade.
Como recordação desta honrosa participação colaborativa nesta Oratória, o Orfeão de Arouca quis oferecer a Teresa Salgueiro «Outras cantigas de Santa Maria», o último DVD gravado com músicas do Cancioneiro de Arouca.
No final do concerto, foi posto à venda o CD, contendo 17 hinos, incluindo todos os que foram interpretados neste Concerto,  tendo Teresa Salgueiro autografado os exemplares daqueles que o desejaram."


Publicado no semanário “Discurso Directo” nº334 de 19 de dezembro 2014
Fonte: http://mirante.aroucaonline.com/

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Um grande sucesso e não poderia ser diferente, milhares de corações vibram a seu favor!

Teresa Salgueiro encheu Cine Teatro de Almeirim


A ex-vocalista do grupo Madredeus, Teresa Salgueiro esteve ontem, em Almeirim, para apresentar o seu álbum, intitulado "Mistério" que faz parte do seu espetáculo "Fortaleza" preparado especialmente para ser apresentado em anfiteatros como o de Almeirim que esgotou para ver e ouvir a voz de Teresa Salgueiro.
"No último ano temos feito um esforço quantidade e qualidade dos eventos neste espaço com uma aposta na diversificação. Hoje é mais um desses casos com o público a corresponder temos também outros espectáculos marcados entre revistas e stand-up comedy que brevemente serão revelados, mas o que importa é que apesar do frio que se fazia sentir lá fora aqui dentro o ambiente estava bastaste quente e a Teresa Salgueiro esteve bastante bem" referiu Pedro Ribeiro, presidente da autarquia de Almeirim no final do concerto à comunicação social.
Após o final do concerto a artista deu alguns autógrafos e entre a desmontagem do palco falou para "O Mundo Jornalismo" em parceria também com a RCA Ribatejo, onde fez um balanço muito positivo desde concerto "é a primeira vez que estou em Almeirim e gostei bastante. Este concerto, já está na estrada há cerca de três anos e foi um trabalho muito bem pensado pois, pela primeira vez escrevi as letras, mas o resultado final valeu a pena. Agora estamos em estúdio para preparar um novo trabalho, mas vamos continuar na estrada percorrendo alguns auditórios". explicou Teresa. 






quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Teresa Salgueiro em Bougado, Portugal


Boa tarde,

Com a oratória "Cânticos da Tarde e da Manhã", Teresa Salgueiro convida a todos para um instante de recolhimento e encontro com o Divino na Igreja Nova, Paróquia de São Martinho de Bougado, dia 21 de fevereiro às 21:30. 
O CD da Oratória, por sinal belíssimo, estará disponível àqueles que desejem adquiri-lo.
Será um momento único para apreciar a mais bela voz de Portugal, bem como encantar-se com sua carismática presença. 
Entrada franca. A não perder.






Vencedor da promoção "O Mistério"


Boa tarde,

Com muito gosto estou a postar hoje a foto do Sr. Telio Braun, da cidade de Castro, Paraná, vencedor da promoção "O Mistério".
O Sr. Telio foi presenteado com o belíssimo primeiro álbum de originais da Teresa por ocasião do aniversário da nossa estrela, em 08 de janeiro. O associado recebeu o presente em sua residência, via Correios, sem nenhum custo adicional.
O Fã-Clube Teresa Salgueiro tem a tradição de presentear um fã associado no dia em que a nossa Teresa faz anos. Oxalá sejam muitos e muitos os anos que possamos comemorar juntos essa data querida.
Parabéns, Sr. Telio, é uma satisfação para o Fã-Clube tê-lo como membro.



Teresa Salgueiro em Anadia, Portugal

Bom dia,

No próximo 28 de fevereiro, às 21:30, Teresa Salgueiro e Banda subirão ao palco do Cineteatro Anadia para apresentar o concerto "A Fortaleza", um espetáculo inesquecível baseado em "O Mistério", primeiro álbum de originais da Diva. 
Os bilhetes para o concerto já se encontram à venda e podem ser adquiridos no próprio Cineteatro às sextas-feiras e aos sábados, das 20:00 às 23:00. No dia do espetáculo, a bilheteria abrirá às 14:00. O bilhete custa 7,50 euros e os portadores do Cartão Anadia Jovem usufruem do benefício de 50% de desconto sobre o valor total.

Lembrando que antes, a 07 de fevereiro, nossa estrela estará a apresentar-se em Almeirim, conforme notícia divulgada aqui no blog
(http://faclubeteresasalgueiro.blogspot.com.br/2014/11/teresa-salgueiro-em-almeirim-portugal.html).

Ainda há bilhetes para o espetáculo em Almeirim :)

Outras informações:
Cineteatro Anadia (Urbanização Montouro, Anadia, Portugal)
Telefone: 351231 519 040